2023 é o ano mais quente que o planeta já registrou, confirma ONU

Antes mesmo de terminar o ano, relatório já crava que este ano será o mais quente que se tem registro

2023 é o ano mais quente que o planeta já registrou, confirma ONU
Pelo X, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o relatório revela que

A Organização Meteorológica Mundial (OMN), da Organização das Nações Unidas (ONU), confirmou que 2023 será o ano mais quente da história mundial. O relatório, divulgado nesta quinta-feira (30/11), às vésperas da Conferência da ONU sobre o Clima (COP28), mostra que até o fim de outubro o ano esteve cerca de 1,40 ºC acima da linha de base pré-industrial de 1850-1900.

Segundo o relatório, a diferença de 2023 para os dois últimos anos que tinham batido o recorde - 2020 e 2016 - é tão grande que os dois últimos meses do ano não devem fazer diferença. Além disso, os últimos nove anos, 2015–2023, serão os mais quentes de que há registro. 

Pelo X, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o relatório revela que "estamos em sérios apuros". 

Em 2023, o mundo também registrou, pela primeira vez, um dia com temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial. O mês de outubro também foi o mais quente já registrado, segundo o observatório europeu Copernicus. De acordo com o observatório, 2024 deve ser ainda mais quente. 

COP28

Os dados da OMN foram divulgados no mesmo dia que começa a 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP28,  em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. 

A conferência reúne representantes do mundo todo para debater questões relacionadas ao clima. O encontro ocorre anualmente desde 1995 (com exceção de 2020, por causa da pandemia). Um dos pontos discutidos é o Acordo de Paris, firmado em 2015, que tem como objetivo manter o aquecimento global do planeta abaixo de 2°C. 

O presidente Lula participa da conferência. No encontro, o chefe do Executivo deve reforçar O Brasil deverá endossar o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais e cobrar recursos para os países em desenvolvimento. 

Fonte: Correio Braziliense