Violência política no Brasil
Em Foz do Iguaçu petista é assassinado enquanto comemorava seu aniversário por suposto "bolsonarista" e em Diadema Lula elogia ex-vereador que em 2018 agrediu a um opositor durante uma manifestação, na capital paulista.
Jorge José da Rocha Guaranho (acima), bolsonarista suspeito de matar guarda muncipial petista em Foz do Iguaçu
Maninho do PT (abaixo) que agrediu e provocou traumatismo craniano em manifestante que fazia oposição a Lula.
A semana iniciou-se bastante tensa, e mais uma vez preocupante está o cenário político pré-eleição, pois no decorrer destes últimos dias os principais veículos de comunicação do país estamparam em suas páginas principais algumas matérias de sobre violencia ou de apologia a mesma partindo de pessoas que estão de forma direta ou indireta ligadas e envolvidas em assuntos políticos, principalmente nestes últimos dias, até mesmo porque o país inteiro está vivendo sobre a grande expectativa, pois a partir do dia 16 de agosto começa oficialmente a corrida eleitoral para os cinco cargos em disputa neste ano de 2022 (depitado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente).
Por enquanto aqueles que pleiteiam algum cargo eletivo ainda são pré-candidatos, somente após as convenções partidárias previstas para acontecerem do dia 20 de julho ao dia 5 de agosto, onde os pré-candidatos passam a poder oficializar suas candidaturas para as eleições 2022.
Recentemente em uma matéria feita por mim e publicada neste veículo de comunicação, entitulada "Democracia em Crise", eu fiz alguns comentários sobre a onda de violencia e instablidade política que se instalaram no Brasil a partir do ano de 2013, fazendo menção a alguns fatos e acontecimentos que chocaram o país e que de certa forma trouxeram instabilidade e insegurança, inclusive no que diz respeito a política e até mesmo a segurança nacional.
Não se passaram muitas dias após essa matéria jornalística e de repente o Brasil toma conhecimento que em uma madrugada de domingo do dia 10 de julho na cidade de Foz do Iguaçu-Paraná, um guarda municipal e um dos líderes do Partido dos Trabalhadores na cidade paranaense, foi morto a tiros enquanto comemorava o seu aniversário de 50 anos por um desconhecido que ficou incomodado com a temática da festa que homenageava o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
É válido ressaltar que antes de cometer o assassinato o indivíduo que era desconhecido parou o seu carro em frente ao local onde estava acontecendo a festa que reunia uma média de 40 pessoas entre amigos e familiares e aos gritos começou a proferir ameaças. Gritando ele dizia " é Bolsonaro seus fdp...seus desgraçados... é o mito". Mas o assassino não para por aí, ele tira uma arma e aponta para as pessoas presentes naquela festa de aniversário, ainda dentro do carro. Mas o que ainda é pior é que ele estava acompanhado de uma mulher e um bebê.
Ele xingava os convidados da festa, chamava o Lula de desgraçado e esbravejava o nome de Bolsonaro. Disse que voltaria para matar todas as pessoas ali presentes e de fato ele voltou e tirou a vida do aniversariante, o guarda municipal de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.
Mais tarde, o assassino foi identificado como Jorge José da Rocha Guaranho agente penitenciário federal que também ficou gravemente ferido, pois antes de morrer Marcelo que era guarda municipal há 28 anos e militante do PT mesmo baleado revidou as agressões.
Todavia a história atual e recente da instabilidade política e insegurança democrática não por aí, até mesmo porque esperávamos das principais lideranças políticas que estão pleiteando os principais cargos eletivos do país pelo ao menos nestes dias tão tensos para o país no mínimo um discurso mais pacífico, moderado e diplomático, mas o que vemos mesmo na realidade são farpas e indiretas ente eles, e neste contexto dá-se razão para alguns fanáticos e apaixonados sem equilíbrio mental e emocional entrar nessa grande onda de rispas e violência, uma vez que por causa da defesa incoerente de uma determinada sigla ou bandeira pessoas se ferem e se agridem mutuamente, até mesmo a boa fé e a boa convivência entre família e irmãos já não existem mais, devido a pensamentos e convicções políticas e filosóficas serem diferentes.
Para colocar mais lenha na fogueira no instante em que as coisas mais precisam ser apaziguadas, o ex-presidente e provável candidato a presidência Lula agradece elogia e elogia publicamente a um ex- vereador da cidade de Diadema, na Grande São Paulo, que foi denunciado e preso por tentativa de homicídio.
Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, foi preso em maio de 2018 após agressão a um manifestante contrário a Lula, em São Paulo-SP.
Lula inclusive chegou a dizer que tem uma dívida com Maninho e o filho dele por causa desse ato violento que aconteceu no mês de abril do ano de 2018, quando o então juiz Sérgio Moro decretou a prisão de Lula, naquele momento manifestantes se reuniram na porta do Instituto Lula, em apoio ao ex-presidente que seria conduzido pela Polícia Federal e preso por "crime comum" na sede da instuição desta, em Curitiba.
Em abril de 2018 durante a manifestação, Maninho do PT empurrou o empresário Carlos Alberto Bettoni contra um caminhão, nesse lamentável episódio, Bettoni bateu a cabeça na carroceria do caminhão e sofreu um traumatismo craniano.
O ex- vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, que empurrou o empresário contra o caminhão queria segundo ele mesmo pedir perdão a vítima dessa grave agressão que o deixou com sequelas graves, mas o empresário Carlos Alberto Bettoni faleceu em 30 de dezembro do ano passado, aos 60 anos, em decorrência da Covid-19 e certamente também, devido as graves sequelas que a violência sofrida por ele em 2018 deixaram em seu corpo, Bettoni devido a isso já não podia mais trabalhar, uma vez que a violencia gerou consequencias graves para a sua saúde, ele passou a ter constantes crises convulsivas e sérias sequelas neurológicas e nervosas.
Por Renato Feitosa, jornalista, DRT N.° 0013454/DF