Caiado alerta para fim de fundos constitucionais com Reforma Tributária

Governador afirma que Fundo Constitucional do Centro-Oeste, Fudeinfra e leis que garantem recursos para cultura e desenvolvimento do Estado podem ser extintos e gerar retrocesso para Goiás

Caiado alerta para fim de fundos constitucionais com Reforma Tributária
Ronaldo Caiado alerta para extinção de fundos constitucionais caso Reforma Tributária seja aprovada no Congresso da forma como está/Fotos: André Saddi

O governador Ronaldo Caiado voltou a alertar sobre efeitos negativos para Goiás caso a Reforma Tributária seja aprovada no Congresso Nacional. Durante reuniões em Brasília nesta quinta-feira (06/07) ele afirmou que fundos constitucionais que direcionam verbas públicas para o desenvolvimento do Estado serão extintos com a nova legislação fiscal. “Prestem atenção na gravidade disso. Vão tirar de Goiás o FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), o Fundeinfra, o fundo de cultura e a Lei Goyazes, que também destina recursos para a cultura”, disse o chefe do Executivo goiano. 

Desde o início da semana, em articulações na capital federal, o governador pontua que a reforma em análise vai concentrar ainda mais a arrecadação de tributos em Brasília, retirando de Goiás, por exemplo, a gestão do ICMS.  “Sem dúvida alguma, vamos sofrer uma dura penalização com esta legislação, que arbitrariamente desrespeita o pacto federativo, fere a Constituição”, afirmou. 

Outro ponto destacado é a falta de transparência na divulgação de dados técnicos da Receita Federal e do Tesouro Nacional sobre o valor real da alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), tributo único que a reforma quer aprovar. Caiado projeta esse número entre 35% e 37%. “Escondem essa verdade porque sabem que isso no debate, dentro do plenário, perderia apoios”, afirmou Caiado. 

Sem projeções

A falta de um texto final também é alvo de questionamentos  do governador. “A pergunta que faço é: por que o relator não apresenta pelo menos a projeção da alíquota que o povo brasileiro vai ter que pagar? Essa é a angústia de todos. Precisamos dizer a verdade para a população do quanto isso vai acarretar de despesa na sua vida.  Vai provocar desemprego, fechar pequenas e médias empresas, inviabilizar ainda mais a educação privada, a saúde, os planos de saúde, a estrutura de estados e municípios”, reafirmou. 

Caiado ainda criticou a decisão da presidência da Câmara dos Deputados em permitir que a votação ocorra de forma virtual, a distância. “Nunca vi na minha vida uma matéria da relevância de uma Emenda à Constituição, a mais importante de todas, que mexe com a vida de todos os brasileiros, ser votada de forma virtual. O que quer dizer isso? Eles estão com medo do debate. Não tem argumentos para contrapor aquilo que estamos perguntando. Como se dará o Conselho Federativo? Qual garantia que os entes federados terão? Qual é o valor real da alíquota? Quantos por cento? Digam!”, conclamou.  

“Nunca votei algo parecido, virtual e com texto sem ser concluído em uma emenda constitucional. É algo que macula a imagem do Congresso Nacional”, asseverou Caiado. 

Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás