Casal e filho de 3 anos são resgatados em carvoaria em situação análoga à escravidão em Sítio d´Abadia
Fiscais disseram que eles viviam em barracos de lona, dormiam em colchões sobre tocos de madeira e bebiam água não filtrada depositada em baldes de agrotóxico. Outras duas pessoas também foram resgatadas.
Um casal, o filho de 3 anos, um homem e um adolescente foram resgatados em situação semelhante à de escravidão em uma carvoaria de Sítio d’Abadia, nordeste de Goiás. Segundo os fiscais, eles viviam em barracos de lona, não tinham onde guardar a comida e bebiam água não filtrada depositada em baldes de agrotóxicos.
O nome do responsável pela carvoaria não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu identificar a defesa dele até a última atualização dessa reportagem.
Os trabalhadores foram encontrados durante uma fiscalização de auditores-fiscais do trabalho no dia 1º de setembro. O adolescente era responsável por pegar a lenha para alimentar os fornos da carvoaria. Os demais atuavam na manutenção e carbonização.
Os barracos que serviam de alojamento eram cobertos por telhas de amianto, tinham chão batido e janela de vidro danificada. Os trabalhadores não tinham energia elétrica e dormiam em colchões colocados sobre tocos de madeira e galhos.
Os alimentos ficavam pendurados sobre os colchões ou no chão. A água para beber era buscada em um rio a cerca de 2 km de distância da carvoaria. Nenhum deles tinha equipamento de proteção e não tiveram acesso a vacinas contra o tétano e a Covid-19.
O responsável pagou em dinheiro as verbas rescisórias dos trabalhadores resgatados. Eles também receberão três parcelas do Seguro Desemprego, no valor de um salário mínimo cada.
Fonte: G1