CUFA, Frente Nacional Antirracista e Unegro Brasil se reúnem com mais de 10 ministros, para tratar da situação dos Yanomami

As Instituições entregaram ao governo diagnóstico da situação dos indígenas que se depararam em Roraima

CUFA, Frente Nacional Antirracista e Unegro Brasil se reúnem com mais de 10 ministros, para tratar da situação dos Yanomami
CUFA, Frente Nacional Antirracista e Unegro Brasil se reúnem com mais de 10 ministros, para tratar da situação dos Yanomami
CUFA, Frente Nacional Antirracista e Unegro Brasil se reúnem com mais de 10 ministros, para tratar da situação dos Yanomami

A Central Única das Favelas (CUFA), a Frente Nacional Antirracista (FNA) e a Unegro Brasil se reuniram com mais de 10 ministros de Estado, na última quinta-feira (2/2), em Brasília. O objetivo do encontro foi a entrega de uma devolutiva ao Governo Federal de um diagnóstico da situação dos povos Yanomami e outros grupos étnicos que vivem em Roraima, após uma missão realizada com este intuito. O diagnóstico entregue apresentou detalhes sobre o quadro de extrema vulnerabilidade existente e sugestões para medidas necessárias, a fim de embasar as ações do Governo na região nos próximos dias. Para chegar a esses locais, a CUFA e a Frente Nacional Antirracista (FNA) contaram com a parceria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Toda essa ação conjunta estava acordada entre essas instituições e o governo, que entenderam que deveriam fazer um diagnóstico em parceria que pudesse ser entregue aos ministros, exatamente como ocorreu nesta quinta.

Além da grave crise alimentar, amplamente divulgada pela imprensa, as instituições apresentaram um relatório contendo vídeos e fotos das ações de visita às aldeias que deflagraram uma profunda crise de saúde e extrema dificuldade de acesso à água potável e tratada pelos indígenas.

“Fomos apenas como observadores, mas, ao nos deparar com aquele quadro de horror, imediatamente reagimos e iniciamos uma mobilização para reconstrução de dois equipamentos hospitalares em Surucucu, a fim de dar respostas imediatas à parte do problema.  Uma vez que conhecemos a burocracia da máquina pública e sabedores de que aquelas pessoas não podem mais esperar, não restou alternativa, fomos à luta.  Afinal elas estão morrendo”, pontuou Celso Athayde, fundador da CUFA. “Não queremos e não vamos fazer o papel do estado, mas não vamos assistir sentados à morte das pessoas”, concluiu. 

A fim de garantir que a missão de apuração da situação ocorresse da melhor forma, os membros destacados para fazer este diagnóstico, em seu primeiro dia, se reuniram para dialogar com gestores locais de Roraima (como o Governador do Estado e seus secretários, o Prefeito e também seus secretários, além do Ministério Público). O intuito destes alinhamentos foi entender o tamanho dos desafios para implantar um aparato capaz de receber mais de 50 carretas, portando doações advindas de todo o Brasil, e que começam a chegar e mudar a rotina da cidade envolvendo a Polícia Militar, Guarda Civil, Municipal, além de mobilizar diversas Secretarias, como a de Vigilância Sanitária, entre outras.

“Quando chegamos a Roraima, a primeira coisa que fizemos foi nos reunir com quem conhece o território para garantir que iríamos conseguir traçar o melhor diagnóstico possível, sem interferências. A Funai foi essencial, uma vez que caberia a ela a interlocução com os demais parceiros. Desta forma conseguimos acessar muitos locais, tanto para fazer o diagnóstico, quanto para viabilizar ações efetivas’, explicou Kalyne Lima, copresidente da CUFA Brasil e presidente da CUFA Paraíba.

Outra demanda identificada, apresentada e abraçada prontamente pelo Ministro da Educação, Camilo Santana, foi a necessidade da implantação de escolas e espaços semelhantes em regiões específicas visitadas por esta comitiva de diagnóstico.

Para além da captação de recursos para a reforma dos polos de saúde, a campanha nacional que está sendo movimentada pelas entidades objetiva reunir o montante necessário para viabilizar outras diversas iniciativas/ soluções para problemas existentes localmente.

“Vamos manter a campanha por mais algum tempo e é importante que as pessoas continuem doando. Além disso, pelo nosso lado, estamos contatando empreiteiras e construtoras que possam se sensibilizar com a situação e entrar como parceiros também”, afirma Celso. 

A CUFA ainda agregou à ação a startup Água Camelo que teve como missão instalar 150 kits de tratamento de água em regiões indígenas com o objetivo de proporcionar água de qualidade para as aldeias e também nos postos da própria Funai e, assim prevenir que essas pessoas sejam acometidas por mais enfermidades.

“Esses dias têm sido mágicos e muito importante para nós, tanto do ponto de vista do trabalho realizado na ponta, na floresta ou nas campanhas de arrecadação, ou mesmo pelos desdobramentos políticos que precisam avançar.  Do contrário, estaríamos apenas espalhando fumaça.  Nesta devolutiva que viemos trazer hoje , relatamos aos Ministros tudo o que vimos e vivenciamos em Roraima, e tenho certeza que estamos diante de uma grande oportunidade de mudanças estruturais.  Nossa missão está apenas começando e não estamos sozinhos”, contou Preto Zezé, Presidente da CUFA Brasil. “Espero que o Governo tenha a sabedoria para tomar as medidas mais adequadas, baseadas neste diagnóstico que, previamente, nos comprometemos a entregar e entregamos”, completou Zezé.

A campanha da CUFA está no ar e dela participam milhares de anônimos e empresas como iFood, Real Cestas, Favela Log, Assaí Atacadista, Ama, Eurofarma, Wickbold,  Basf, Eurofarma, Assaí, Unillever, entre outras.

Para quem quiser participar da campanha Favelas com Yanomami, que visa construir dois polos de saúde, pode fazer suas doações pelos seguintes canais:

Pix:

doacoes@cufa.org.br

Vakinha:

https://www.vakinha.com.br/3425141

Site:

https://favelascomyanomami.com.br/

Pelo aplicativo iFood:

Indo em > Perfil > Doações > CUFA ou ainda na finalização do seu pedido. O iFood repassará integralmente as doações recebidas.

Fonte: CUFA Brasil