Mortes de escrivão e namorada desafiam Polícia Civil do DF

Os dois corpos foram encontrados por volta das 8h manhã da última segunda-feira (18).

Mortes de escrivão e namorada desafiam Polícia Civil do DF
Câmeras de segurança mostram Leonardo saindo do apartamento e pedindo ajuda/Foto: reprodução

A morte do escrivão Leonardo, 45 anos, e da namorada dele, Jéssica Raianne, 33, desafia a Polícia Civil do Distrito Federal. A corporação aguarda a conclusão de laudos periciais para entender a dinâmica do crime e, até o momento, trabalha com duas linhas de investigação. Os dois corpos foram encontrados na última segunda-feira (18).

A primeira linha é a de que houve duplo suicídio. A segunda é a de que teria havido um feminicídio seguido de suicídio, ou seja: Leonardo teria atirado em Jéssica e depois atentado contra a própria vida.

“Ao chegar no local, um vizinho que contou aos agentes que Leonardo teria saído de seu apartamento pedindo socorro e gritando que a namorada havia atentado contra a própria vida. Ao se virar para buscar ajuda de outros moradores, o vizinho ouviu um segundo disparo e, em seguida, não percebeu mais movimentação dentro do apartamento, e resolveu acionar a PMDF”, conta a polícia. 

A polícia afirma que encontrou pegadas de sangue no corredor que confirmam a versão do vizinho. Há também imagens gravadas por câmeras de segurança, que mostram que Leonardo de fato saiu do apartamento, disse ao morador do lado que a namorada havia se matado e pediu ajuda. A testemunha desceu para chamar mais pessoas, quando foi efetuado um segundo disparo. Os dois corpos estavam no quarto e com marcas de tiros. O de Leonardo, em um colchão no chão, visto que o casal havia se mudado há pouco tempo para o prédio.

Segundo informações, a equipe de investigação afirma que não há indícios da participação de terceiros, uma vez que não foram encontrados sinais de arrombamento na porta do apartamento.

Vizinhos revelaram que o escrivão havia tido um filho natimorto com a ex-esposa e acabou desenvolvendo depressão após o ocorrido, razão pela qual teria tido o porte de arma restrito, apesar de ter continuado atuando como escrivão da polícia.