Fazenda onde mais de 130 cabeças de gado morreram de fome e sede é embargada, em Guarani de Goiás
Dono está proibido de criar rebanho pra fins comerciais. Imagens mostram que mais de 900 animais estavam definhando, em Guarani de Goiás.
Uma fazenda onde 130 cabeças de gado morreram de fome e sede foi embargada, em Guarani de Goiás, no nordeste do estado. A medida foi tomada pela pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), que encontrou mais de 900 animais abandonados no local.
O gerente da fazenda chegou a ser preso na última quarta-feira (28), quando 90 animais foram achados mortos, mas ele foi liberado após pagamento de fiança de cerca de R$ 6 mil. O delegado Humberto Soares, que responde pelo caso, informou que o dono da propriedade também responde pelo crime de maus-tratos.
Como o nome dos homens não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar as defesas deles para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.
A Fazenda Botuguara, que fica no Distrito de Água Quente, foi embargada no sábado (1º). Segundo a Semad, quando os fiscais chegaram no local viram o rebanho extremamente magro e com necessidade de água. O órgão informou que o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Meio Ambiente da cidade e fazendeiros locais trabalharam para alimentar e matar a sede dos animais com recursos básicos necessários.
"Apesar do período noturno, os trabalhos não cessaram até que quantidades suficientes de ração e água fossem administradas. Foram disponibilizados 4 mil litros de água em uma vala aberta com uma proteção de uma lona e uma caixa com 1 mil litros em pontos distintos para alcançar um maior número do rebanho", descreve a ocorrência.
A Semad ainda informou os cuidados continuam no local, até que não haja mais nenhum animal em situação de maus tratos. O dono da propriedade também foi multado pela fiscalização, porém o valor total ainda não foi informado.
"O dono foi multado pela secretaria estadual e municipal. Ele está proibido de exercer a criação de animais pra fins comerciais, e a pessoa jurídica também será responsabilizada", explicou o delegado Humberto.
Fonte: G1