Fiocruz: casos de síndrome respiratória aguda aumentam em 19 estados
Boletim da Fiocruz aponta tendência de crescimento de casos no país. Em 8 estados, registros aumentaram principalmente entre as crianças.
O novo boletim InfoGripe, elaborado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado nesta quinta-feira (27), aponta aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 19 estados brasileiros. O índice representa casos graves de Covid-19 e de outras infecções no trato respiratório.
A tendência pode ser observada a longo prazo (últimas 6 semanas), período encerrado na semana de 9 a 15 de abril. De acordo com o instituto, o aumento foi registrado em diversas faixas etárias. No caso das crianças, o índice se mantém associado, principalmente, às infecções por vírus sincicial respiratório (VSR).
Na faixa etária a partir dos 18 anos, o crescimento é majoritariamente em função da Covid-19, embora o estudo tenha observado que há ocorrências ligadas aos vírus influenza A e B em vários estados.
Em nove unidades federativas, o crescimento foi observado em diversas faixas etárias. É o caso da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Sergipe e Tocantins, o sinal de crescimento está concentrado fundamentalmente nas crianças.
“Observam-se tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos nesses estados. Enquanto os casos associados à Covid-19 sugerem desaceleração para os vírus influenza A e B, há indícios de aumento recente de influenza A e B em diversos desses estados”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Diante do cenário, o especialsita ressalta que a curva de crescimento em diversas unidades federativas reforça a importância de adesão às campanha de vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe.
Óbitos por SRAG no país
Referente aos casos de SRAG de 2023, já foram registrados 2.678 óbitos, sendo 1.572 (58,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 963 (36,0%) negativos, e ao menos 67 (2,5%) aguardando resultado laboratorial.
Dentre os positivos do ano corrente, 4,3% são influenza A; 2,9% são influenza B; 4,5% são VSR; e 85,6% são Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 12,6% para influenza A; 7,9% para influenza B; 10,9% para VSR; e 68,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Fonte: Metrópoles