Goiás atinge em 2022 a menor taxa de desemprego dos últimos oito anos
Dados consolidados pela Pnad mostram que a taxa anual de desocupação em Goiás foi de 7,1%, índice menor do que a média nacional que foi de 9,3%
Goiás atingiu em 2022 a menor taxa de desocupação dos últimos oito anos (7,1%), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (28/02). O índice é menor do que o registrado pela média nacional, que foi de 9,3%. Ao analisar o quarto trimestre de 2022, o percentual de desocupação foi de 6,6%, o que indicou estabilidade quando comparado ao trimestre anterior, porém queda considerável em relação ao mesmo trimestre de 2021 (8,7%).
Em números absolutos, a população desocupada em Goiás foi estimada em 260 mil pessoas no quarto trimestre de 2022, com queda de 71 mil em relação ao mesmo trimestre do ano de 2021, quando 332 mil pessoas estavam desocupadas, representando uma queda de 21,5%. “Os esforços do Governo de Goiás em requalificar a população ao ofertar cursos gratuitos profissionalizantes e condizentes com a vocação regional e aos apelos do mercado de trabalho, somados aos programas de fomento a novos negócios, têm permitido recolocar as pessoas no mercado de trabalho, de uma forma mais rentável”, avaliou o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
Um dos programas que ajudaram Goiás a alcançar esse número foi o Mais Empregos, da Secretaria da Retomada, que encaminhou 80.264 pessoas para entrevistas de emprego em 2022. O número superou em 28% o resultado de 2021, quando a iniciativa atendeu 62.876 pessoas. Ao todo, 9.145 trabalhadores que procuraram os postos de atendimentos instalados em 98 municípios, foram empregados em 2022. O índice representa um crescimento de 24% em relação aos dados de 2021, quando 7.361 pessoas tiveram a carteira assinada por meio do programa.
“Além de garantir acesso gratuito a cursos profissionalizantes do Colégio Tecnológico, a Retomada promoveu ações voltadas à geração de emprego e renda. Seja pelas 13 edições do Feirão de Empregos, que realizaram 46 mil atendimentos em 2022, ou pelos quase 9 mil novos empreendedores beneficiados pelo Crédito Social, nosso foco é estimular a autonomia financeira dos goianos”, comenta o secretário César Moura.
Titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho, destaca as ações de Goiás para atração de novas empresas. “Prospectamos a maior operadora de logística do mundo, a DHL, que se instalará nessa sexta-feira (03/03) em Aparecida de Goiânia com faturamento anual previsto na ordem de R$ 8 bilhões. Goiás não para. O Estado dobrou as exportações, de R$ 7 bilhões para R$ 14 bilhões no ano passado e fechamos 2022 com mais de 87 mil empregos com carteira assinada”, enfatiza Joel.
Formal e informal
Com relação ao trabalho formal, a pesquisa apontou que o setor privado que já empregava 1,4 milhão de trabalhadores, aumento em 154 mil pessoas no quarto trimestre de 2022, o que representa um crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A taxa de informalidade em Goiás também está diminuindo. Durante todo o ano de 2022, a média foi de 38,7% da população, contra 40,8% em 2021. Esse índice também ficou abaixo da média nacional, que foi de 39,6%. No quatro trimestre de 2022, a taxa de informalidade foi de 36,7%, puxada principalmente pelos trabalhadores domésticos sem carteira assinada e pelos trabalhadores autônomos não inscritos no CNPJ.
Rendimento médio
A pesquisa Pnad também mostrou que o rendimento dos goianos aumentou 10,1% no quatro trimestre de 2022 (R$ 2.769), quando comparado ao mesmo período do ano anterior (R$ 2.514). Com isso, Goiás encerrou o ano com rendimento médio habitual de R$ 2.620, com alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2021 (R$ 2.576).
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