Goiás discute câmeras em fardas policiais

Governo Federal anunciou nesta semana que estados e municípios que implementarem o uso de câmeras corporais nas polícias militares e civis devem ganhar mais recursos

Goiás discute câmeras em fardas policiais

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) debateu em audiência pública, nesta sexta-feira (24), a implantação de câmeras nos uniformes dos policiais militares e civis do estado. Nesta semana, o governo federal anunciou que estados e municípios que fizerem uso dessa ferramenta poderão ganhar mais recursos.

Goiás ocupa o terceiro lugar entre as unidades federativas com a maior taxa de mortalidade por 100 mil habitantes resultantes de intervenções policiais, fica atrás apenas de Sergipe e Amapá. A cada dez mortes violentas, três ocorreram durante ações de segurança pública, esses dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

As mortes cometidas por policiais militares em serviço caíram mais de 60% nos estados onde a medida foi implementada. Em Santa Catarina, as 2.245 câmeras corporais em uso desde julho de 2019 resultou em uma queda de até 61,2%. Em São Paulo, teve praticamente o mesmo índice de queda quando as filmagens nas fardas policiais começaram a funcionar em agosto de 2020.

A audiência pública foi iniciativa dos deputados Antônio Gomide e Mauro Rubem, ambos do PT. Gomide é o autor do projeto de lei que dispõe sobre a implantação de sistema de áudio e vídeo nos uniformes dos policiais goianos. A audiência contou com a presença de representantes de diversas organizações e instituições.

Governo Federal

O Ministério da Justiça afirmou que o programa nacional está sendo preparado e que novos detalhes devem ser divulgados em breve. A medida é considerada uma das mais eficientes para redução da letalidade policial e para a proteção do próprio agente de segurança.

Em entrevista para o Estadão, Marivaldo Pereira, secretário de Acesso à Justiça, disse que a pasta está negociando um suporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para alavancar a medida nos estados e injetar recursos, além do Fundo Nacional de Segurança Pública (FUSP).

Fonte: Jornal Opção