Governo de Goiás visita aldeias tapuia, em Rubiataba, e karajá, em Aruanã

Técnicos avaliam necessidade de ampliar apoio do Estado para garantia de acesso a alimentação, saúde e educação. Famílias são atendidas por programas sociais e recebem benefícios do governo

Governo de Goiás visita aldeias tapuia, em Rubiataba, e karajá, em Aruanã
Cacique Raul Hawakat, da aldeia Karajá, em Aruanã, destaca que o Governo de Goiás atende as necessidades de seu povo/Fotos: Seds

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), está realizando visitas técnicas às aldeias indígenas das etnias tapuia e karajá, localizadas, respectivamente, nos municípios de Rubiataba e Aruanã. A equipe da Gerência de Povos Tradicionais faz um levantamento de demandas nas áreas de saúde, educação e social e avalia a necessidade de ampliar o alcance de políticas públicas para essa parcela da população. 

O cacique Raul Hawakat, da aldeia Karajá, afirma que o apoio governamental é importante para evitar que o grupo viva a mesma situação enfrentada pelos yanomami no Norte do país. “Isso nos tranquiliza, pois sabemos que temos amparo”. O secretário Wellington Matos, reforça que as visitas são frequentes e que os indígenas possuem todos os direitos assegurados: “Nossa presença nas comunidades é para isso, para garantir o acesso digno à saúde, educação, infraestrutura. Todos os serviços chegam às comunidades”, garantiu.  

As demandas consolidadas com o levantamento situacional são repassadas para as respectivas áreas do Governo de Goiás para que sejam atendidas. “Trabalhamos em rede, com integração de todas as pastas para atender a todos os cidadãos. Isso tem funcionado muito bem com todos os públicos atendidos pela Seds”, ressalta o secretário. No caso da pasta, é feito o cadastramento em programas sociais como Mães de Goiás, Aprendiz do Futuro e Crédito Social.

Também há investimento na oferta de escolas. O cacique Dorvalino Augusto da Silva destacou a diferença que a Escola Estadual Indígena José Borges tem feito na comunidade. “Não tem nada melhor que ver os meninos estudando com matérias que respeitam nossa cultura e valores”, disse. “Antigamente a gente tinha que sair daqui para estudar, enfrentando o preconceito. Hoje podemos dar aulas para os nossos alunos de cabeça erguida”, completou a professora Sebastiana Vieira dos Santos.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o território goiano concentra 8.583 indígenas. Desses, apenas 336 vivem em terras próprias, o que corresponde a 4%; os outros 8.247 (96%) residem fora delas. Em Goiás, existem cinco reservas e três grupos indígenas: os karajá  (Aruanã), os tapuia (Rubiataba) e os avá-canoeiro (Minaçu). 

Inclusão

Pela primeira vez foi realizada a inclusão dos povos originários no Conselho Estadual da Igualdade Racial e Combate ao Preconceito (CEDHIRCOP-GO), com garantia de assento exclusivo de seus representantes, sendo um titular e um suplente. Integrantes das aldeias participaram de capacitação no Programa Goiás Sem Racismo e quatro famílias indígenas da etnia Xavante, no município de Uruaçu, também receberam atendimento, tendo sido cadastradas no programa de energia social e aluguel social.

 Escola Estadual Índigena José Borges atende crianças da aldeia Carretão, em Rubiataba

 Indígena Karajá com o artesanato produzido e comercializado na aldeia 

Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado – Governo de Goiás