Guerra comercial: O presidente dos EUA Trump anuncia novas tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou a defesa das tarifas aplicadas sobre mercadorias estrangeiras em pronunciamento ao Congresso norte-americano na noite de terça-feira (04/03).

Trump mencionou diretamente o Brasil como um possível alvo de novas taxações, ao afirmar que o país "sempre utilizou tarifas contra os Estados Unidos".

O governo norte-americano determinou a aplicação de uma alíquota de 25% sobre produtos provenientes do Canadá e do México, além de uma sobretaxa de 10% sobre itens importados da China, elevando a carga tarifária total para 20%. As medidas entraram em vigor na própria terça-feira.

Em resposta, tanto o Canadá quanto a China reagiram com suas próprias sanções  ou tributos sobre mercadorias estrangeiras  atingindo diversos produtos norte-americanos.

Trump justificou as restrições alegando que Canadá e México estão permitindo a entrada de um grande contingente de imigrantes irregulares nos Estados Unidos.

O chefe do Executivo norte-americano também acusou esses dois países, além da China, de facilitarem o envio de grandes volumes de fentanil produzido ilegalmente para território estadunidense.

Especialistas em economia alertam que tais medidas podem impactar negativamente empresas e consumidores tanto nos Estados Unidos quanto em outros países.

Durante o discurso no Congresso, Trump reconheceu que as tarifas sobre produtos canadenses, mexicanos e chineses podem gerar "turbulências" e que os agricultores norte-americanos podem enfrentar um "período de dificuldades".

No entanto, nada em seu pronunciamento indicou uma possível revisão da estratégia de embate comercial que tem causado instabilidade nos mercados financeiros nos últimos dias. Pelo contrário, o presidente reiterou a intenção de ampliar as tarifas recíprocas sobre todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos a partir do próximo mês.