Javier Milei, o ultraliberal, é eleito presidente da Argentina
Milei perdeu o primeiro turno das eleições, mas virou na segunda etapa de maneira histórica e venceu por uma diferença de quase 12 por %
Argentinos foram às urnas neste domingo (19/11) e escolheram o economista Javier Milei (Libertad Avanza) como o novo presidente do país. Com 96,7% das urnas apuradas, Milei obteve 55,8% dos votos válidos, contra 44,2% de Sergio Massa (Unión por la Patria).
Milei, de 53 anos, venceu as primárias e era tido como favorito, mas havia ficado em segundo lugar no primeiro turno. Ele é figura polêmica na Argentina e mundo afora por promessas de cortar relações com países que julga “comunistas”, como China e Brasil, além de romper com o Mercosul e “dinamitar”, ou seja, fechar o Banco Central.
O ultraliberal revelou admiração pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em troca, Bolsonaro fez postagens de apoio ao candidato e confirmou ida à posse caso Milei ganhasse as eleições. No Brasil, os partidos de esquerda, incluindo o PT, se manifestaram a favor de Massa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou citar nomes e pediu por um líder “que goste de democracia, que respeite as instituições, goste do Mercosul, da América do Sul e que pense na criação de um bloco importante”.
A fala de Lula ocorreu após Milei taxar o presidente brasileiro de “corrupto e comunista”, além de alegar que não se encontraria com o petista.
Além de Bolsonaro, Milei recebeu uma carta de apoio assinada por ex-presidentes da Argentina, México, Colômbia, Espanha, Bolívia, Chile e Porto Rico. Também era signatário Mario Vargas Llosa, político e escritor ganhador do Nobel da Literatura.
Patricia Bullrich, que representou a direita no primeiro turno e acabou como terceira colocada, endossou a candidatura de Milei.
com informações do Metrópoles