Líder do Estado Islâmico se matou após ser cercado, diz agência

Grupo terrorista havia anunciando a morte de Abu al-Hassan al-Hashemi al-Quraishi na quarta (3) 'enquanto lutava contra inimigos de Deus', segundo comunicado. Fontes da agência Reuters disseram que ele se explodiu ao ser cercado por grupos rebeldes na Síria.

Líder do Estado Islâmico se matou após ser cercado, diz agência
Milícias sírias apoiadas pelos EUA procuram membros do Estado Islâmico em Al Hasakah, na Síria, em 28 de janeiro de 2022 — Foto: Baderkhan Ahma/AP

O líder do Estado Islâmico, Abu al-Hassan al-Hashemi al-Quraishi - cuja morte foi anunciada na quarta-feira (30) pelo grupo terrorista -, se suicidou após ser cercado por combatentes locais, relataram militantes envolvidos no confronto à agência de notícias Reuters.

A morte ocorreu em meados de outubro, mas só foi divulgada agora pelo grupo terrorista. O Estado Islâmico não confirmou a versão do suicídio e disse apenas que al-Quraishi foi morto "enquanto lutava contra os inimigos de Deus".

Segundo os relatos ouvidos pela Reuters, o então líder do grupo terrorista se explodiu depois que ele e seus assessores foram cercados por combatentes locais na cidade de Jasim, que fica na província de Deera, no sul da Síria.

Militares dos Estados Unidos - que realiza fortes operações de buscas por lideranças do Estado Islâmico - afirmaram al-Quraishi foi morto em uma operação realizada pelo grupo rebelde Exército Livre da Síria (FSA) no local.

A província foi colocada sob o controle do exército sírio após acordos de reconciliação mediados pela Rússia em 2018 que devolveram o controle do sul da Síria a Damasco ao governo do país.

Quraishi e seus assessores foram descobertos em um esconderijo secreto em uma casa, disseram as fontes, que incluíam combatentes, parentes de aliados que morreram no confronto e moradores de Jasem.

"O líder e um companheiro se explodiram com cintos suicidas depois que nossos combatentes conseguiram invadir seu esconderijo", disse Salem al Horani, morador de Jasem e ex-combatente que participou do cerco às três casas onde a célula do Estado Islâmico foi descoberta.

A FSA recebeu apoio dos estados ocidentais e do Golfo até que retiraram o apoio em 2018, mas seus combatentes permaneceram na área após os acordos de reconciliação sob os quais entregaram armas pesadas, mas foram autorizados a manter armas leves.

O Estado Islâmico escolheu Abu al-Hussein al-Husseini al-Quraishi como seu novo líder, disse um porta-voz do grupo em uma gravação, sem dar mais detalhes sobre o novo líder.

Fonte: g1.globo.com