Marcha da maconha é realizada em Alto Paraíso e crianças participam da manifestação
A Constituição prevê a proteção dos menores de idade e, portanto, é incoerente que crianças e adolescentes participem de manifestações que fazem apologia ao uso de drogas.
Gritos e palavras de ordem ecoaram pelas ruas de Alto Paraíso, enquanto uma comitiva se reunia para a realização da Marcha da Maconha 2023 Chapada dos Veadeiros. O cenário era de grande entusiasmo, com manifestantes alegres e eufóricos dando vivas à maconha. Duas crianças com um megafone, orientadas por alguns adultos, participavam da marcha, os manifestantes carregavam bandeiras, faixas, cartazes e instrumentos. A todo instante entoavam o coro "au au, maconha no quintal!". O grupo que reuniu mais de cem pessoas, entre homens, mulheres e crianças que foram induzidas, compartilhando a mesma causa, pediam que a droga fosse liberada e descriminalizada. "Papai Noel não me leve a mal, me dá uma planta de maconha no Natal!" gritava um manifestante.
A Constituição prevê a proteção dos menores de idade e, portanto, não é coerente que crainças e adolescentes participem de manifestações que fazem apologia ao uso de drogas. É extremamente importante evitar que crianças e adolescentes estejam expostos ao uso de substâncias químicas e ao risco de dependência. Por isso, qualquer tipo de contato entre menores de idade e drogas deve ser cuidadosamente evitado, mantendo o foco na prevenção e na promoção de um estilo de vida saudável.
No Brasil, a maconha é considerada um produto controlado e o registro de produtos com seus princípios ativos é permitido, porém o seu plantio (para fins medicinais ou pesquisa) ainda não está regulamentado. Recentemente, a ANVISA autorizou a importação excepcional de produtos à base de substâncias da planta para uso medicinal, mediante prescrição de um médico. Já existe no mercado um remédio, fabricado fora do País, destinado ao tratamento de Espasmo Muscular Relacionado à Esclerose Múltipla.
Alguns estados brasileiros firmaram acordos para a dispensação de medicamentos à base de maconha a pacientes que necessitem tratar espasmos ou dores crônicas. Crianças com epilepsias refratárias têm sido as mais beneficiadas com esta iniciativa.
Todavia, crianças e adolescentes não devem ser engajados em eventos que fazem apologia ao uso de drogas.