Massacre contra policiais civis deixa cidade do Ceará em choque

Mais um caso de violência policial estampa os principais veículos de imprensa do Brasil, desta feita um policial civil do Estado do Ceará,  invadiu na madrugada deste domingo, a delegacia de Camocim, Região Norte do Estado e abriu fogo contra quatro colegas, assassinando-os.

O policial que matou os outros quatro integrantes da Polícia Civil do Ceará, inclusive gravou um vídeo após o massacre, vilipendiando os colegas que foram mortos por ele, ameaçando inclusive a delegada.

“Alguns mesmos e ruins e péssimos que eram… Chicão Miranda mais a família, esposa e filhos não mereciam, maldito Adriano, te vejo no inferno, maldito Charles, maldito Neto. Vocês são isso. O diabo foi conivente com a vida de vocês. Maldito sejam vocês”, disse o policial.

As vítimas do massacre são três escrivães e um inspetor, sendo que  três policiais foram assassinados dentro da delegacia e um do lado de fora. As autoridades policiais ainda não têm informações sobre a motivação da chacina, que está sendo investigada, porém o  policial civil identificado como Dourado, que é inspetor da Polícia Civil alegou que havia sido vítima de perseguições e humilhações por parte dos colegas. “Fiquei de quarta, quinta, sexta, sábado, domingo, de expediente, humilhado, esquecido e traumatizado. Volto a Camocim, perseguição por cima de perseguição, humilhação por cima de humilhação, hoje você sai, amanhã você sai…”, desabafou o policial suspeito do massacre

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará lamentou “profundamente o episódio”.

“Neste momento de dor, a SSPDS-CE e todas as suas vinculadas, em especial a PC-CE, se solidarizam com os familiares e amigos das quatro vítimas e reforçam que todo o aparato das instituições encontra-se disponível. Por fim, a SSPDS reconhece os relevantes serviços prestados à sociedade cearense pelos policiais civis que tanto contribuíram para o combate à criminalidade no Ceará”, diz a nota da Secretaria de Segurança Pública.

Após cometer o crime,  suspeito tentou fugir, mas desistiu e se entregou no quartel da Polícia Militar de Camocim. As vítimas foram três escrivães e um inspetor da Polícia Civil.

Os escrivães mortos foram Antônio Cláudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira. Além deles, o inspetor Gabriel de Souza Ferreira também foi assassinado. Não foi registrado por câmeras de vídeo o momento em que o policial civil mata os colegas na delegacia de Camocim.

Devido a comoção social devido a  tragédia , a Prefeitura de Camocim decretou luto oficial de três dias na cidade.