Os agentes de IA; de novo

Hora de mais um Papo Bon sobre IA! Obrigado por estar aqui. Vamos aproveitar ao máximo o seu tempo para falar, mais uma vez, sobre os agentes de IA. Faço questão de voltar ao tema porque a mais recente revolução tecnológica tem grande potencial e já está transformando o mercado de trabalho.

O que são agentes de IA?

Primeiro vamos entender, claramente. Os agentes de IA estão mudando radicalmente a forma como as empresas operam. Ao contrário das automações tradicionais, que apenas seguem regras fixas, esses agentes possuem inteligência adaptativa, sendo capazes de tomar decisões autônomas e aprender continuamente. Isso significa que, ao invés de apenas executar tarefas repetitivas, eles podem analisar contextos, sugerir soluções e até antecipar necessidades. Traduzindo o parágrafo anterior: eles são proativos, característica que 100% entre 100% dos empresários gostariam de ter em seu time.

A revolução dos agentes de IA

O impacto desses agentes vai além da automação comum. Segundo o World Economic Forum, até 2030, cerca de 34% do trabalho será realizado por máquinas, e os agentes de IA terão um papel fundamental nesse avanço. Empresas que ainda apostam apenas em soluções tradicionais podem perder relevância diante dessa nova forma de operação mais inteligente e dinâmica.

Alô empresários tradicionais, é hora de expandir o uso de tecnologia na sua empresa e tornar sua equipe mais eficiente!

Um exemplo disso é a recente aposta da Microsoft, que anunciou durante o CES 2025 sua visão de um futuro em que os agentes de IA substituirão plataformas SaaS, criando sistemas mais interativos, que eliminam a necessidade de interfaces estáticas e interagem diretamente com os dados. Uma explicação rápida sobre as plataformas SaaS (Software as a Service) é que são serviços de software baseados na nuvem, acessíveis via internet, sem a necessidade de instalação local. O Google Drive é um exemplo.

Oportunidade ou risco?

A adoção desses agentes pode representar uma grande vantagem competitiva para aqueles que se adaptarem rapidamente. Pequenas empresas, freelancers e prestadores de serviços também terão acesso a essa tecnologia, tornando tarefas como atendimento ao cliente, tradução de conteúdos e análise de dados muito mais eficientes e escaláveis.

Para quem ainda tem dúvidas sobre o potencial dessa inovação, um bom exemplo é a Crew.ai, startup brasileira fundada por João Moura, focada no desenvolvimento e operação de agentes de IA para automatizar tarefas e otimizar processos empresariais. Sua plataforma de código aberto permite a execução de milhões de agentes inteligentes que trabalham de forma autônoma, realizando desde atendimento ao cliente até análise de dados e previsões de mercado. A Crew.ai recebeu um investimento de US$ 18 milhões em 2024 e já opera mais de 10 milhões de agentes por mês em 150 países. Atualmente, mais de 50% das empresas da Fortune 500 utilizam sua solução.

Adoção imediata
O interesse por agentes de IA cresce rapidamente, de acordo com os dados do Google Trends, e a tendência é que essa tecnologia se torne o centro das operações empresariais em 2025.

Seja para melhorar a produtividade, automatizar tarefas complexas ou reinventar modelos de negócios, os agentes de IA vieram para ficar. Adaptar-se a essa revolução não é mais uma escolha, mas uma necessidade.

Semana que vem tem mais. Até lá!

P.S.: Papo Bon, com ene, é uma corruptela utilizando o nome Bonassa.

Fábio Bonassa, é radialista e jornalista (MTb 81674/SP) e escreve sobre IA e tecnologia.