Servidor e dois empresários são presos suspeitos de fraude de R$ 7 milhões em licitações na Prefeitura de Formosa

Segundo as investigações, com o dinheiro usado para alugar os veículos seria possível comprar novos. Segundo o MP, fraudes aconteciam desde 2017.

Servidor e dois empresários são presos suspeitos de fraude de R$ 7 milhões em licitações na Prefeitura de Formosa
Operação do Ministério Público apura fraude de R$ 7 milhões na locação de caminhões em Formosa — Foto: MP/Divulgação

O Ministério Público fez uma operação nesta sexta-feira (21) para combater fraudes em licitações para aluguel de caminhões na Prefeitura de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O desvio estimado é de R$ 7 milhões. Segundo as investigações, com o dinheiro usado para alugar os veículos seria possível comprar novos. Um servidor e dois empresários foram presos.

A fraude aconteceria desde 2017 até este ano. O promotor Douglas Chegury explicou que empresas se organizavam para que algumas delas oferecessem orçamentos muito altos, de forma que uma empresa já pré-selecionada ganhasse a licitação, mesmo com um valor superfaturado.

Foram presos o servidor Tarlley Iamaro de Araújo e os empresários Domingos Ferreira Neto e Guilherme Domingos Ferreira Filho.

O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Formosa às 7h40, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem. As defesas dos demais investigados não foram localizadas até a última atualização.

Ao todo, foram cumpridos 11 mandados judiciais, sendo três de prisão e oito de busca e apreensão. Os investigados negam qualquer envolvimento no crime.

“O servidor preso era responsável por coletar propostas de empresas para fazer uma base do preço a ser colocado no edital. Só que essas propostas já eram com um preço superfaturado, então a licitação já vinha com um valor acima do mercado”, explicou o promotor.

De acordo com as investigações, a locação de três caminhões em 2021 custou R$ 711 mil, valor próximo ao necessário para comprar os veículos.

Além dos mandados de busca e prisão, a Justiça determinou a suspensão dos contratos com as empresas e sequestro de bens para garantir a devolução do dinheiro em caso de condenação.

Os investigados devem responder por crimes como fraude a licitação, peculato, associação criminosa e corrupção.

Fonte: G1