TBC Memória é destaque em revista científica da PUC-GO
O programa serviu de base para um artigo científico de cinco páginas elaborado pelos colegas doutor Givaldo Corcinio e mestre Enzo de Lisita
O programa TBC Memória, da TV Brasil Central, serviu de base para o artigo “O desafio da narrativa sobre memória coletiva e a história em um programa televisivo regional”, escrito pelo doutor Givaldo Corcinio e o mestre Enzo de Lisita, publicado na revista acadêmica Panorama – Revista Científica de Comunicação Social – da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC - GO), que tem periodicidade semestral. O artigo, como os autores resumiram, “discute a experiência da TV Brasil Central em registrar e difundir memórias, explorando a relação entre comunicação, suportes e narrativas”. Dizem que há a compreensão de que “a experiência do programa TBC Memória contribui para construção de um acervo memorial da sociedade local, desafiando a narrativa das emissoras hegemônicas, desempenhando um papel capital na valorização de elementos da memória coletiva”.
O TBC Memória dá mais uma bola dentro na área da comunicação, descolando um espaço importante em uma revista científica de grande conceito (B1), promovendo o trabalho de comunicação realizado pelos veículos da Agência Brasil Central (ABC). Ele já foi agraciado com os prêmios "Conexão Ambiental", da Fecomércio; Amigos da SBPC, com o Documentário "Um Passado Sombrio", e 1° lugar de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, com o TBC Memória, em fevereiro de 2023.
“Diante dessa possibilidade de difusão de narrativas de personagens mais idosos e por vezes invisibilizados na narrativa coletiva, associada à capilaridade que o veículo televisivo, hoje associado também às mídias digitais, programas como o TBC Memória podem ter um papel central nessa formação memorial e, consequentemente, da difusão de vozes por vezes menos valorizadas dentro do discurso histórico local”, destaca uma parte que recortamos do trabalho de Givaldo e Enzo. Como é um texto científico, eles, em cinco páginas da revista, incluem diversos autores renomados que fizeram destacados trabalhos científicos na área da comunicação, para justificar a argumentação proposta.
Adiante, caracterizam: “Se podemos perceber, conforme Bosi (1994) discute, a existência também de uma negação do velho de modo técnico-científico, por meio de pesquisas ou outros instrumentos técnicos que melhoram - ou pioram - a visão do velho pela sociedade, torna-se ainda mais central o papel de emissoras televisivas como a Televisão Brasil Central que, com sua condição única, entre o educativo e o institucional, pode se posicionar de modo ativo no papel de agente de memória ao valorizar o papel desses atores sociais.”
Fazem também um apanhado histórico sobre o começo de tudo, com o projeto TBC 45 anos, em cinco episódios de 15 minutos cada. “O conteúdo da série teve como base principal a pesquisa em um conjunto de 60 DVDs e 14 fitas VHS junto ao Museu da Imagem e do Som (MIS), onde está custodiada boa parte do acervo da TBC”, assinalam, observando que houve uma recepção positiva e por isso o novo comando da ABC, que continua até hoje, sugeriu “a criação quase imediata de um programa voltado para a memória com base nos arquivos da TBC. A ideia era inseri-lo dentro do telejornal do início da tarde com apenas cinco minutos. Rapidamente, após dois episódios, foi definido que o projeto merecia um espaço próprio e com maior duração dentro da grade de programação da TBC. E assim foi: o programa passou a ser exibido aos sábados 12h45 com reprise aos domingos ao meio-dia”.
ABC Digital