Vereador de São Francisco de Goiás é suspeito de usar dinheiro público para pagar cigarros, uísque e outras bebidas em festa

Ex-presidente da Câmara Municipal disse que não sabia do consumo dos itens que não podem ser comprados com dinheiro público. Casa informou que vai comunicar MP e TCM.

Vereador de São Francisco de Goiás é suspeito de usar dinheiro público para pagar cigarros, uísque e outras bebidas em festa
Vereador é suspeito de usar dinheiro público para pagar confraternização com uísque, chope, drinks e cigarro — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Vereador é suspeito de usar dinheiro público para pagar cigarros e bebidas em festa

Um vereador de São Francisco de Goiás, região central do estado, é suspeito de usar dinheiro público para pagar uma confraternização com uísque, cigarro, chope e drinks. Emanoel Alves Júnior (PSDB) reconheceu os documentos que mostram o pagamento, mas disse que não sabia do consumo dos itens que não podem ser comprados com dinheiro público. A Câmara de Vereadores informou que os envolvidos serão responsabilizados.

A confraternização aconteceu em dezembro de 2020. Cerca de 40 pessoas participaram do evento, que aconteceu em um restaurante em Nerópolis. Na conta, há itens como drinks, uísque, cerveja, canecos de chope e cigarros. O valor total da conta, pago com um cheque da Câmara Municipal e assinado pelo então presidente, Emanoel Alves Júnior, foi de R$ 5,6 mil.

A advogada Anna Carolina Bastos, conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil disse que esses itens não poderiam ter sido pagos com orçamento da Câmara. “Independente do motivo, os recursos não são podem ser usados para o pagamento de bebidas, cigarro, drinks, o que for. Em questão de confraternização, caso queira consumir bebida alcoólica, cigarros, isso é uma despesa individual”, disse.

O vereador não quis gravar entrevista, mas disse que a confraternização é uma tradição de final de ano entre vereadores e funcionários, mas que nunca autorizou ninguém a fumar ou tomar bebidas alcoólicas por conta da Câmara Municipal.

Ele reforçou que todas as contas da gestão dele foram aprovadas e que a denúncia dois anos após a festa trata-se de perseguição política.

A atual gestão da Câmara informou que só tomou conhecimento do caso na terça-feira (29) e que não compartilha com qualquer irregularidade. Os órgãos de controle, como Ministério Público e Tribunal de Contas do Município serão devidamente informados.

Fonte: G1 Goiás